Arquivo da categoria: Latinidades

NOTA – Desmonte das políticas e estudos de Gênero e Raça no Governo Federal

Não bastgrasse o desmonte das políticas públicas de gênero e raça pelo Governo Ilegítimo – o qual se revela no esvaziamento contínuo e profundo das ações e dos postos de trabalho da Secretaria de Políticas para as Mulheres e da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial –, na última semana teve fim a Coordenação de Gênero e Raça do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Com estas medidas, a ação pública de gênero e raça e a reflexão sobre o assunto no Brasil perdem, em pouco mais de cem dias, mais de uma década de acúmulo de experiência nestas áreas. Confirma-se mais uma vez o profundo desprezo da Gestão Michel Temer pelas mulheres e pela população negra deste país. Continuar lendo

Porque nós, mulheres negras, podemos tudo!

Mesa de abertura_Latinidades2016_Democom

As jornalistas Luciana Barreto e Juliana Cézar Nunes na mesa de abertura do Festival Latinidades 2016

*Cecília Bizerra Sousa

A última semana de julho foi vivida intensamente por militantes negras em Brasília. Na sequência do Dia Internacional da Mulher Afro-Latina-Americana e Caribenha, 25 de julho –, data que marca a luta e resistência da mulher negra no mundo – ocorreu a nona edição do Festival Latinidades, que trouxe a comunicação para o centro do debate. Continuar lendo

Desafios à superação das desigualdades no Parlamento

Fala de Paula Balduíno de Melo,  no seminário Desigualdades no Parlamento em 19/09/2014. Leia a íntegra aqui

Paula Balduíno. Foto: Marcos Fernando/ Coletivo Expressão. Acervo Festival Latinidades Afrolatinas

Paula Balduíno. Foto: Marcos Fernando/ Coletivo Expressão. Acervo Festival Latinidades Afrolatinas

Somos 49 milhões de mulheres negras, isto é, 25% da população brasileira. Vivenciamos a face mais perversa do racismo e do sexismo por sermos negras e mulheres. Sabemos que as pessoas negras no Brasil são as que mais são assassinadas, as que têm menor escolaridade, menores salários, maior taxa de desemprego, menor acesso à saúde, são as que morrem mais cedo e têm a menor participação no Produto Interno Bruto (PIB). No entanto, são as que mais lotam as prisões e as que menos ocupam postos nos espaços de poder. Continuar lendo

(Íntegra) Desafios à superação das desigualdades no Parlamento

Faço parte da Irmandade Pretas Candangas, formada por mulheres negras do Distrito Federal. Nós integramos a Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras – AMNB, que agrega cerca de 30 organizações de mulheres negras de diversos estados.

Hoje nossa fala é em nome da Marcha das Mulheres Negras 2015 contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver, que será realizada em Brasília, no dia 13 de maio de 2015. “Pensar sobre nossas vidas e reagir coletivamente ao racismo. Estes são os caminhos que nos propusemos a percorrer juntas no processo de diálogo e de construção da Marcha das Mulheres Negras 2015”. Continuar lendo

Vamos falar de bastidores?!

O Festival Latinidades 2014: Griôs da Diáspora Negra deixou um legado afetivo e político que vai além de 2014. Nos trouxe tantos encontros, emoções,reflexões …

Nessa série de pequenos escritos, as Pretas Candangas vêm somar aos corres da Blogueiras Negras e de outras pretas em movimento para trazer à luz parte desse legado, conforme nossa vivência e visão. Continuar lendo

Uma carta de amor aberta para o meu filho: sobre luto, amor e maternidade negra Por Christen Smith (Tradução Viviane Santiago da Silva)

 

Criar e educar crianças negras –  de sexo masculino e feminino – na boca de um dragão racista, sexista e suicidaé perigoso e incerto. Se eles/as  não podem amar e resistir ao mesmo tempo, eles/as  provavelmente não sobreviverão. E em ordem de sobreviver eles devem  se desprender/liberar. Isto é o que mães ensinam – amor, sobrevivência… (Audre Lorde, “Man Child” in Sister Outsider, 1984)

 

imageQuando eu estava grávida de você, eu tinha certeza de que você era uma menina. Mesmo quando um/a sábio/a atrás do/a outro/a olhava diretamente para a minha barriga enorme e redonda, balançava a cabeça e me dizia: “Não, isso é um menino”, eu não acreditava neles. Eu não poderia  me imaginar tendo um menino. Menininhos nunca foram uma parte das minhas fantasias de maternidade. Eu sempre me imaginei como mãe de menina. Uma menina para ser exata: exatamente  como minha mãe, a mãe da minha mãe e a maioria das minhas tias. Então, quando seu pai e eu fomos fazer nosso  ultrassom de cinco meses de gravidez para descobrir o seu sexo e ter certeza de que você estava bem, eu estava numa jornada de confirmação e não de descoberta. Continuar lendo

Festival Latinidades 2013: Arte e Cultura Negra – memória afrodescendente e políticas públicas

Latinidades_2013_marcaEm em sua 6ª edição, o Festival da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha será realizado em Brasília, de 19 a 28 de julho, sob o tema Arte e Cultura Negra – Memória Afrodescendente e Políticas Públicas. O festival desenvolve ações de formação, capacitação, empreendedorismo, economia criativa, cultura e comunicação e traz ampla programação artística com shows, exposições, lançamentos literários, entre outros. Continuar lendo